terça-feira, 28 de julho de 2009

AGRICULTURA FAMILIAR RECEBERÁ ATÉ 128% A MAIS DO GOVERNO NA SAFRA 2009/2010, DIZ CONAB.

Os agricultores familiares que vendem sua produção à Conab por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) receberão o limite de até 128% a mais na safra 2009/10, quando comparado ao ciclo passado. É que o limite anual de algumas modalidades de venda será de até R$ 8.000. O teto antigo era de R$ 3.500. Os reajustes passam a valer a partir desse mês e fazem parte do Plano Safra da Agricultura Familiar, anunciado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
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Para participar do PAA, o agricultor familiar pode apresentar projetos nas modalidades Compra Direta, Formação de Estoques, Compra com Doação Simultânea e PAA Leite ( exclusivo para a região Nordeste e norte de Minas Gerais). Os limites para esses tipos de comercialização passam a ser, respectivamente, de R$ 8.000, R$ 8.000 e R$ 4.500 e R$ 4.000. Os valores são anuais, com exceção do PAA leite, que é semestral.
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PAA
Operacionalizado pela Conab com recursos do MDA e do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), o PAA foi criado há seis anos para incentivar a produção agrícola de origem familiar. O programa ajuda o camponês a ampliar sua renda e lhe dá condições para que permaneça trabalhando na zona rural. As negociações dispensam licitações, o que desburocratiza as operações e diminui a ação de intermediários.
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De 2003 até o final do ano passado, o programa repassou mais de R$ 1 bilhão aos agricultores, onde os recursos foram distribuídos na seguinte proporção: região Sul com 37%, Nordeste 30%, Sudeste 18%, Norte 10% e Centro-Oeste 5%.

MAPA LANÇA LIVRO DE PRODUÇÃO INTEGRADA COM 23 CULTURAS.

Conscientizar a população sobre a importância da adoção de políticas para a segurança dos alimentos com sustentabilidade é o objetivo do livro Produção Integrada no Brasil: Agropecuária Sustentável, Alimentos Seguros, que será lançado, nesta terça-feira (28/07), às 10 horas, em Brasília, durante as comemorações dos 149 anos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Ao todo, são 23 culturas contempladas em mais de mil páginas da publicação. São elas: abacaxi, ameixa, amendoim, arroz, banana, batata, café caju, citros, flores, leite, maçã, mamão, manga, mangaba, maracujá mel, melão, ovinos, pêssego, soja, tomate de indústria e de mesa, uvas finas de mesa e uva para vinho.
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Petrolina - Na fazenda Alpha Vale, em Petrolina/PE, o produtor Euder de Almeida Ribeiro trabalha com produção integrada de manga e uva, em 24 hectares. "E até o fim do ano, vamos ter certificado mais 25 hectares de caju. Para 2010, a expectativa é incluir a laranja dentro no sistema", enfatizou. De acordo com Ribeiro, por meio da produção integrada, foi possível aumentar a produtividade em 20% e reduzir o uso de agroquímicos e fertilizantes em 30%. "Utilizamos esses instrumentos apenas quando o nível de incidência de pragas e doenças pode causar danos econômicos à colheita, quando a contagem de predadores é alta ou nos casos em que chuva ou orvalho podem contribuir para a ocorrência de fungos", explicou.
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Grãos - Nas culturas de grãos, como arroz, soja, café e cereais de inverno, é possível racionalizar o uso de agroquímicos em torno de 40%. Os parâmetros sobre quando o produtor deve usá-los são estabelecidos por meio da adoção de tecnologia preconizada pela pesquisa agropecuária.
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Leite - A produção integrada não está presente apenas nas frutas. O fazendeiro Hans Jan Groenwold tem uma propriedade de produção de leite em 240 hectares no município de Castro/PR e adota tecnologias como a de bem-estar animal. Ele aderiu ao programa, há um ano e meio, pela necessidade de adequação às normas internacionais. "O Brasil tem se tornado autossuficiente nessa área, o que antes não ocorria, já que tínhamos que importar leite de outros países. Hoje, produzimos 16 mil litros de leite por dia na fazenda e esperamos poder exportar nos próximos cinco anos", enfatizou.
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Sistema Agropecuário de Produção Integrada - Na América do Sul, a Argentina foi o primeiro país a adotar o sistema de Produção Integrada de Frutas (PIF), em 1997, seguida do Uruguai e Chile. Entre 1998 e 1999, surgiram atividades semelhantes no Brasil. Hoje, existem 32 projetos em andamento nas áreas de fruticultura, horticultura, floricultura, plantas medicinais, grãos, pecuária, raízes, difusão de informações e transferência de tecnologias, que abragem 42 culturas, em 18 unidades da federação.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

ÓLEO DE FRITURA PODE VIRAR COMBUSTÍVEL

A produção de biodiesel a partir de óleos usados em frituras é perfeitamente viável e muito benéfica para o meio ambiente. A afirmação é do professor de Engenharia da Produção da Universidade Nove de Julho (UNINOVE), José Carlos Curvelo Santana.

De acordo com o especialista, em média, as famílias brasileiras consomem entre 1 e 3 litros de óleo por mês, que, se fosse reaproveitado, poderia gerar entre 11 e 33 milhões de litros de biodiesel. Levando-se em conta o preço médio do litro do combustível, R$ 2,25, o retorno financeiro mensal da produção pode ultrapassar R$ 70 milhões.

O óleo de fritura usado e descartado nos ralos danifica o encanamento e é prejudicial ao meio ambiente mas, reaproveitado, se transforma em biodiesel. “Um combustível que não poluí tanto quanto os outros que temos no mercado. É livre de enxofre, não é tóxico, é biodegradável e reduz o aquecimento global”, enumera o professor.

A produção do biodiesel ainda é mais cara do que a de óleo comum, entretanto, durante sua produção também se obtém a glicerina - um subproduto de alto valor agregado – que é muito utilizada na indústria de produtos fármacos e explosivos.

O reaproveitamento do óleo de cozinha e sua transformação em biodiesel, segundo o professor, passa pela conscientização dos órgãos públicos e da população e pela implantação de um sistema de coleta eficiente e traz ganhos incalculáveis para o meio ambiente.

O biodiesel poderia ser utilizado nas frotas de ônibus, caminhões e máquinas da prefeitura. “Como retorno à sociedade, além de um ambiente melhor, a Prefeitura poderia reduzir os impostos, reduzir o preço da passagem dos coletivos ou investir o capital adquirido com a produção do biodiesel e da glicerina no melhoramento da educação, saneamento e saúde pública”, contabiliza o professor.

O que é biodiesel - O biodiesel é um combustível biodegradável, derivado de fontes renováveis, que pode ser obtido por diferentes processos, como o craqueamento, a esterificação ou pela transesterificação. Pode ser produzido a partir de gorduras animais ou de óleos vegetais. Ele substitui total ou parcialmente o óleo diesel de petróleo em motores ciclodiesel automotivos (de caminhões, tratores, camionetas, automóveis, etc) ou estacionários (geradores de eletricidade, calor, etc). Pode ser usado puro ou misturado ao diesel em diversas proporções e tem como grande vantagem o fato de não emitir tantos poluentes como os outros combustíveis que existem no mercado.

Informações: Casa da Notícia Comunicação - (11) 5536-9086 ou 2503-7611

MAPA PUBLICA NORMAS PARA LABORATÓRIOS DE ANÁLISES DE RESÍDUOS E CONTAMINANTES.

Requisitos e critérios específicos para funcionamento dos Laboratórios de Análises de Resíduos e Contaminantes em Alimentos foram publicados, nessa quarta-feira (22.07), no Diário Oficial da União, por meio da Instrução Normativa nº 24.

Esses locais de análises fazem parte da Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários e atendem às demandas do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC), das áreas animal e vegetal, e das demais análises de rotina, solicitadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), provenientes da fiscalização ou inspeção do controle de resíduos e contaminantes.

A partir de ontem, os Laboratórios de Análises de Resíduos e Contaminantes em Alimentos integrantes da rede têm 24 meses para se adequar às exigências e procedimentos do guia, que padroniza os procedimentos de validação de métodos analíticos e os controles de qualidade interna das análises. Além disso, a IN determina o prazo de dois meses para que os laboratórios finalizem a adoção do Manual de Procedimentos do PNCRC, documento com finalidade de orientação aos laboratórios, encaminhado em fevereiro de 2008.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

PROGRAMA MAIS ALIMENTOS VAI SE TORNAR POLÍTICA PERMANENTE.

O governo vai tornar permanente o Programa Mais Alimentos, direcionado à agricultura familiar. O anúncio foi feito nesta quarta, dia 15, em Brasília pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel. Depois de prorrogar por mais um ano o programa que financia a compra de tratores populares, a juros baixos, será transformado em política permanente.

A medida era reivindicada pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf), que veio à Brasília para cobrar do governo federal o cumprimento de uma pauta de reivindicações do setor. Entre os pedidos estão a destinação de R$ 500 milhões para a construção de 50 mil casas no campo e o aperfeiçoamento do seguro rural.

No Plano Safra, que será divulgado na próxima semana, o governo vai anunciar novas medidas para os pequenos agricultores. Entre elas, mudanças no serviço de assistência técnica e extensão rural e a criação de um selo para a agricultura familiar.

GOVERNO APROVA ISENÇÃO DO PIS/COFINS PARA FRIGORÍFICOS.

O governo já aprovou a isenção de PIS/Cofins para frigoríficos que atuam no mercado interno. Foi o que informou a Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne Bovina (Abiec). Apesar da confirmação, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse que o governo ainda estuda incentivos fiscais para o setor.
Frigoríficos que exportam já são isentos de PIS/Cofins, por isso não seriam atingidos pela medida. No mercado interno, o incentivo é considerado pelo setor uma forma de combater a concorrência de empresas que realizam abate de forma ilegal. Para a Abiec, o fim dessa prática significa levar ao consumidor uma carne de melhor qualidade, além de mais barata.

Estimativas do setor indicam que cerca de 30% do abate nacional é irregular. O número representa cerca de 15 milhões de cabeças que saem de frigoríficos sem fiscalização.

Para Edvar Queiroz, presidente do Sindicado da Indústria da carne em São Paulo (Sindifrio), pagando menos imposto, mais empresas entrariam na formalidade e seriam fiscalizadas.

NOVO DIRETOR-PRESIDENTE DA EMBRAPA TOMA POSSE.

Tomou posse nesta quarta, dia 15, em Brasília, o novo diretor-presidente da Embrapa, Pedro Arraes. Na cerimônia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu que não vão faltar recursos para os investimentos em pesquisa.

O presidente da República prometeu que não vai faltar dinheiro para os projetos importantes da Embrapa. Ele cobrou de Arraes atenção especial as ações internacionais, que mantenham o Brasil como referência mundial em agricultura tropical. Para o novo presidente da empresa, o desafio é continuar produzindo e exportando tecnologia sem se descuidar das necessidades dos agricultores brasileiros.

O uso de critérios técnicos na escolha do pesquisador Pedro Arraes para a presidência da Embrapa foi o principal ponto destacado pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, que elogiou a careira do agrônomo geneticista, que tem mais de 50 trabalhos científicos publicados.

Pedro Arraes quer intensificar o trabalho com instituições de pesquisa e assistência técnica estaduais e fortalecer parcerias com empresas privadas.

Uma das primeiras medidas do novo diretor-presidente deve ser formar um grupo de trabalho para definir seis prioridades. Entre elas, devem estar questões consideradas importantes para a antiga gestão, como o desenvolvimento de novas variedades de transgênicos.

terça-feira, 14 de julho de 2009

ASSISTÊNCIA TÉCNICA GRATUITA AGORA É LEI.

Sancionada em 24 de dezembro de 2008, está em vigor desde o último dia 24 de junho, a Lei 11.888/08 que garante assistência técnica gratuita, prestada por engenheiros e arquitetos, a quem mora no campo ou na cidade e quer construir, reformar e ampliar, ou mesmo fazer a regularização fundiária de casas com até 60 m2, localizadas em áreas de interesse social.

Considerada ferramenta importante para diminuir o déficit habitacional brasileiro, cerca de 6,2 milhões de moradias, a nova Lei é reconhecida e considerada positiva por entidades voltadas à questão habitacional para famílias de baixa renda.

Evaniza Rodrigues, da União Nacional da Moradia Popular, entidade integrante do movimento que acompanhou a elaboração do projeto de lei e sua transformação na 11.888, lembra que sua aplicação independe da criação de legislação estadual ou municipal e informa que as construções populares em andamento se beneficiam mais do Crédito Solidário, que acompanha o programa Minha Casa, Minha Vida e é mais conhecido.

É o caso dos moradores do conjunto habitacional Colinas do Oeste, na zona Oeste da capital paulista. Com custo unitário de R$ 46 mil, o prédio tem sete andares e apartamentos de 54 m2. Para Evaniza, é preciso acabar com a ideia de que conjuntos habitacionais são um amontoado de casas ou apartamentos.

Ela critica a repetição de padrões de construção para as casas populares, uma característica dos programas governamentais. “Geralmente gasta-se mais dinheiro nos serviços de terraplanagem, por exemplo, do que com a casa. Até parece que a moradia popular não precisa de qualidade. Ao contrário, quanto melhor o material utilizado menos se gasta com a manutenção”, afirma ela, enfatizando que o conjunto habitacional Colinas será entregue com a instalação dos serviços de eletricidade, água, luz, saneamento básico e gás.

Evaniza lembra que prefeituras como a de Curitiba, Salvador e Belo Horizonte têm iniciativas pontuais de prestação de assistência técnica para construção de casas populares.

No DF oportunidade para aplicar
Carlos Roberto de Oliveira da Coalizão pela Moradia Popular no Distrito Federal, onde o déficit habitacional é de 100 mil residências, admite que a Lei 11.888/08 é conhecida pelos movimentos, associações e cooperativas voltadas para a questão da habitação “mas desconhecida não só pela população, mas pela maioria das prefeituras que, segundo a Lei, devem indicar as áreas de habitação de interesse social e prestar a assistência técnica por meio de engenheiros e arquitetos de seus quadros”.

Também habilitados a atender a demanda gerada pela 11.888, os programas de residência acadêmica ou de extensão universitária por meio de escritórios-modelo, não registram interessados em se beneficiar da legislação, mas Oliveira acredita que isso é uma questão de tempo: “Essa ferramenta será de grande valia, mas depende da organização dos movimentos sociais para sua divulgação”, admite.

Ele informa que dentro de 60 dias começa a construção de moradias em Riacho Fundo II, uma área no DF destinada a abrigar seis mil casas e apartamentos de até 50m2: “Será uma boa oportunidade para aplicarmos a Lei 11.888/08 já que, desde a regularização do terreno, as licenças ambientais e o plano urbanístico, tudo está sob a responsabilidade de associações e cooperativas e será entregue à uma população estimada em 24 mil pessoas”.

Função social
Preocupado em difundir os benefícios da Lei e preparar as prefeituras de todo o país para a demanda que a Lei 11.888/08 deve gerar, o Ministério das Cidades, por intermédio da Secretaria Nacional de Habitação, realiza nos dias 18 e 19 de agosto, em São Paulo, o 2º Seminário Nacional de Assistência Técnica. A ideia é discutir os desafios para a implementação da 11.888/08, financiamento e seleção de beneficiados – que têm que se inscrever junto à prefeitura de sua cidade –, e a responsabilidade técnica na prestação dos serviços. O evento será gratuito e dirigido a profissionais, entidades de classe, órgãos governamentais, movimentos sociais e o público em geral.

Marcos Túlio de Melo, presidente do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, lembra “da função social” da Lei 11.888 que, para ele, “terá reflexos positivos em diversos setores, a começar pelo habitacional, coibindo a construção de casas em áreas de risco e ordenando a ocupação do solo”. Ele chama atenção para a economia que a assistência técnica pode representar no custo final da obra, evitando desperdícios e grande quantidade de entulho. “Além disso, os projetos consideram a localização do terreno, o aproveitamento da luz do dia e a ventilação, itens que reduzem os custos de manutenção”.

O presidente do Confea acredita que a nova legislação abrirá oportunidades no mercado de trabalho para engenheiros de diversas modalidades, arquitetos e urbanistas.

11.888: quem presta os serviços, quem se beneficia, recursos
A assistência técnica será prestada por profissionais ligados a prefeituras, que atuam em organizações sem fins lucrativos e o profissional liberal. Integrantes de programas de residência acadêmica em arquitetura, urbanismo e engenharia, assim como de extensão universitária, por meio de escritórios-modelo, também podem prestar a assistência.

A Lei alcança quem ganha até três salários mínimos, cerca de R$ 1.400, mora na cidade ou em áreas rurais e quer reformar, além de construir, ampliar, ou mesmo regularizar a moradia, desde que localizada em área de interesse social.

Os recursos são provenientes do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS). O agente operador é a Caixa Econômica Federal e é permitida a participação do capital privado.

E-Confea.

OVO: ALIMENTO FUNCIONAL, PERFEITO À SAÚDE.

Além de ser importante reserva de proteinas, lipídeos, vitaminas e minerais, o ovo de uma galinha contém substâncias promotoras da saúde e preventivas de doenças, o que o torna um alimento funcional. Por exercer papel essencial no desenvolvimento embrionário de uma ave, o ovo tem função de proteção e de nutrição do embrião que viria a se formar no seu interior, caso esse ovo estivesse fertilizado.

Muitas atividades biológicas tem sido associadas aos componentes dos ovos, incluindo sua atividade antibacteriana, antiviral e modulação do sistema imunitário evidenciando o elo dieta-saúde e ressaltando assim, a importância do consumo de ovos na prevenção e tratamento de doenças.

Componentes do ovo

Um ovo consiste em aproximadamente 63% de albúmen, 27,5% de gema e 9,5% de casca. Os principais componentes são: água (75%), proteínas 12%), lipídeos (12%), além dos carboidratos, minerais e vitaminas. Um ovo grande contém aproximadamente 74 kilocalorias, 6 g de proteínas, 4,5 g de gorduras totais e 212 mg de colesterol. Legenda:
1. Casca
2.e 3. Membranas da casca
4. e 13. Chalazas
5. e 6. Albúmen
7. 8. 10. 11. Gema
9. Blastocisto/Disco germinal
12. Membrana vitelínica
14. Câmara de ar


15. Cutícula

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No albúmen se concentram mais da metade do conteúdo protéico do ovo. As proteinas do albúmen, particularmente as ovoalbuminas (A1, A2), ovoglobulinas (G1, G2 e G3), ovomucóide e conoalbumina possuem propriedades funcionais físico-químicas como a gelatinização, formação de espuma, aeração, coagulação, entre outras, altamente exploradas em processos tecnológicos pelas indústrias de alimentos. . A gema consiste em 28 % do peso líquido do ovo e concentra praticamente todo o conteúdo em gordura. Uma gema desidratada contém aproximadamente 60% de lipídeos (65% em triglicerídeos, 28-31% em fosfolipídeos e 5% de colesterol). A gema contém também todo o conteúdo em vitamina A, D e E encontrado no ovo. Algumas vezes, ovos com duas gemas são produzidos, fenômeno que ocorre nas aves em início ou final de postura sendo que, fatores genéticos também causam a oviposição de ovos com duas gemas.
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A casca é uma estrutura única, resultado de um processo de evolução extraordinário, cujas funções primárias incluem a proteção do conteúdo interno do ovo contra injúrias mecânicas e invasão de microorganismos, o controle da troca de gases e evaporação de água através dos poros da casca e o fornecimento de cálcio para o desenvolvimento embrionário. A casca contabiliza entre 9-12% do peso total do ovo, dependendo do tamanho do mesmo. O cálcio presente na casca dos ovos (39%), na forma de CaCO3 (carbonato de cálcio) pode ser uma fonte atrativa para nutrição humana e adicionalmente, há a presença de proteinas como o colágeno (tipo I, V e X) nas membranas da casca, além de proteoglicanas e glicoproteinas.

A produção de um ovo envolve a conversão do alimento consumido pela galinha, em seus componentes através da absorção dos nutrientes metabolizados, num intrincado e perfeito mecanismo fisiológico.

Valor nutricional

As proteinas estão distribuídas em todos os componentes do ovo, sendo sua maioria encontrada no albúmen e pequena proporção encontrada na casca e gema. Entre as proteinas do albúmen, a ovoalbumina é a principal, seguida pela ovotransferrina e ovomucóide; demais proteinas são encontradas em menor concentração e incluem a ovomucina, lisozima, avidina, ovostatina entre outras.
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As gemas dos ovos são fontes altamente biodisponíveis dos carotenóides, luteína e zeaxantina, ambos envolvidos no funcionamento adequado da região da mácula ocular e na redução do risco de degeneração macular, principalmente em idosos. A colina é um outro nutriente naturalmente encontrado nos ovos e que tem sido identificado como essencial para gestantes, à memória e no desenvolvimento cerebral de recém-nascidos. A colina é encontrada na forma de fosfatidilcolina e esfingomielina, os dois tipos de fosfolipídeos encontrados na gema. Mais recentemente, pesquisas tem sido focadas nos componentes específicos de outros fosfolipídeos da gema, incluindo o ácido araquidônico, acido docohexaenóico (DHA), além da colina, cujos produtos metabólicos têm uma função protetora da integridade e modulação de receptores de membrana e na ativação de células imunitárias.
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Embora o albúmen se constitua na segunda linha de defesa contra a invasão de microorganismos, certos componentes da gema também demonstram atividade antimicrobiana, e um exemplo é a imunoglobulina (Ig)Y.
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Os ovos naturalmente, são excelente fonte de vitaminas e particularmente das vitaminas A, D, E, K, B1(tiamina), B2 (riboflavina), B12 e ácido fólico. Por serem lipossolúveis, as vitaminas A, D, E, K são depositadas na gema. Já as vitaminas B1 e B12, hidrossolúveis são encontradas no albúmen. A riboflavina e ácido fólico são igualmente distribuídos na gema e albúmen. A gema do ovo é também rica fonte de fósforo (P) e ferro (Fe) disponíveis.
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Hoje nos mercados, ovos enriquecidos com vitaminas ou com ácidos graxos poliinsaturados (PUFA) são opções disponíveis ao consumidor. Exemplos são os ovos enriquecidos com ácidos graxos ômega-3, oriundos de aves recebendo dieta rica em fontes de ácidos graxos PUFA ômega-3: óleos de peixe (marinhos, de regiões frias), óleo de linhaça, entre outros.

terça-feira, 7 de julho de 2009

DESCOBERTO FUNGO QUE PODE PRODUZIR COMBUSTÍVEL.

Cientistas americanos descobriram na Patagônia, região no sul da Argentina, um fungo capaz de produzir componentes como os que se encontram na gasolina diesel. O fungo poderia ser potencialmente uma nova fonte de energia limpa, segundo o artigo publicado na revista científica Microbiology.

O fungo, batizado de Gliocladium roseum, foi descoberto em uma árvore ulmo (Eucryphia cordifolia) por cientistas da universidade do Estado de Montana, nos Estados Unidos. O Gliocladium roseum gera várias moléculas diferentes que produzem hidrogênio e carbono, e que são também encontradas no óleo diesel. Os cientistas trabalham agora em criar o que chamam de "mycodiesel", um combustível limpo a partir da nova descoberta.

"Este é o único organismo que demonstrou ser capaz de produzir esta combinação importante de substâncias combustíveis", disse o professor Gary Strobel, que conduziu a pesquisa. "O fungo pode inclusive produzir estes combustíveis de diesel a partir da celulose, que poderia ser uma melhor fonte de biocombustível que qualquer uma das que se usa atualmente", opina o cientista.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

SÃO PAULO TEM PRIMEIRO ÔNIBUS A HIDROGÊNIO DA AMÉRICA LATINA.

Depois de quase três anos de discussão, a capital paulista ganha hoje o primeiro ônibus movido a hidrogênio da América Latina. Com 12 metros de comprimento e capacidade para 63 pessoas (incluindo um cadeirante), o novo veículo começa a circular pelo corredor ABD, que faz o trajeto entre o Terminal São Mateus (zona leste) e o Jabaquara (zona sul).

A principal vantagem do novo meio de transporte público é que não há emissão de poluentes. Até o fim de julho, serão feitos testes e não haverá transporte de pessoas.

Todos os dias, o ônibus ambientalmente correto partirá do mesmo ponto de um veículo similar movido a diesel e transportará, em peso, a mesma quantidade. A empresa então vai produzir um relatório chamado comparativo de desempenho. Só após esse monitoramento os passageiros poderão circular no novo veículo (o custo da passagem será o mesmo, de R$ 2,55).

O projeto Ônibus Brasileiro a Hidrogênio foi desenvolvido pelo Ministério de Minas e Energia e pela Empresa Municipal de Transportes Urbanos, em parceria com três entidades. O custo total foi de cerca de R$ 31 milhões. Até o fim de 2010, serão quatro ônibus a hidrogênio. Em corredores, a velocidade média supera 25 quilômetros por hora.

AUMENTOU HOJE PARA 4% MISTURA DO BIODIESEL AO ÓLEO DIESEL.

A partir de hoje, entra em vigor o aumento para 4% (B4) na mistura obrigatória de biodiesel ao óleo diesel mineral comercializado no País. Resolução do CNPE - Comitê Nacional de Política Energética - do Ministério de Minas Energia, determina a mudança com a utilização de biodiesel produzido a partir de oleaginosas como soja, mamona, palma e girassol. A modificação vai gerar demanda adicional de 420 milhões de litros, aumentando o consumo de biodiesel para 1,26 bilhão de litros.

A ampliação gradativa do percentual vai agregar valor às matérias-primas oleaginosas, permitir o desenvolvimento da indústria nacional de bens e serviços e estimular a participação da agricultura familiar. Também vai contribuir para substituir o diesel importado, que é um produto fóssil e mais poluente, por combustível nacional, limpo e renovável.

O Brasil vai reforçar a participação da agroenergia na matriz energética com o acréscimo de 200 milhões de litros na produção nacional de biodiesel (B100), ainda em 2009. A decisão leva em consideração a capacidade ociosa industrial, menor consumo de diesel projetado para este ano e oportunidades de melhorias sociais.

A consolidação do mercado de biodiesel no Brasil é resultado de uma política pública do governo federal. Sua cadeia produtiva foi estruturada a partir do lançamento do PNPB - Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel - em 2004, ação interministerial centrada na sustentabilidade da produção, promoção da inclusão social, garantia de preço, qualidade e suprimento e diversificação de matérias-primas. A gestão operacional é do Ministério de Minas e Energia.