sexta-feira, 20 de novembro de 2009

COOPERAÇÃO ENTRE BRASIL E UNIÃO EUROPÉIA PODE MELHORAR COMÉRCIO DE ALIMENTOS.

Nos próximos dois anos, fiscais federais agropecuários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) serão treinados no diagnóstico de doenças, pragas, inocuidade de alimentos, zoonoses e contaminantes, nos mesmos moldes que os técnicos europeus da Diretoria-Geral de Saúde e Proteção do Consumidor (DG-Sanco, sigla em inglês). A capacitação é parte das ações do Projeto de Cooperação União Europeia - Mercosul, para a harmonização de normas e procedimentos veterinários e fitossanitários, inocuidade de alimentos e produção agropecuária diferenciada no bloco sul-americano. As medidas também serão válidas para Argentina, Uruguai e Paraguai.

As ações para o biênio 2010/2011 foram definidas, este mês, em Montevidéu (Uruguai) e terão o investimento de 651 mil euros. Segundo o coordenador de Assuntos Internos do Mercosul, do Departamento de Assuntos Comerciais (DAC/Mapa), Luis Henrique Barbosa, o projeto, financiado pelos dois blocos econômicos, tem o propósito de criar ferramentas para favorecer a integração sanitária regional e facilitar o comércio de alimentos.

“Poderemos adotar, por exemplo, um sistema de alerta sanitário para produtos agropecuários dentro da região e para produtos importados de terceiros países”, explica o coordenador. O objetivo, diz ele, é fortalecer as políticas preventivas em defesa do consumidor do Mercosul, além de ampliar o acesso dos produtos do bloco aos mercados importadores.

Seminários e boas práticas - Entre as ações previstas está, ainda, a realização de 16 seminários sobre técnicas de auditorias, análises de risco, gestão da segurança alimentar, controles sanitários nas fronteiras, gerenciamento de laboratórios e controles preventivos de pragas quarentenárias. Também poderão ser desenvolvidas propostas de manuais e guias para padronizar, na região, o controle sanitário nas fronteiras, além de criar sistemas comuns de inspeções em estabelecimentos produtores de alimentos.

Os pequenos produtores também serão beneficiados com o projeto. Será elaborada uma proposta de manual regional de Boas Práticas Agrícolas e Pecuárias, possibilitando melhoria dos sistemas de produção e acesso ao mercado europeu de frutas, hortaliças e produtos de origem animal.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

CNA MOSTRA FALHAS DO CENSO AGROPECUÁRIO 2006 DO IBGE.

A Comissão de Agricultura do Senado deve convocar para a próxima semana audiência pública com pesquisadores e o presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para apontar os responsáveis pelo erro e saber quem vai pagar os prejuízos causados pela falha no Censo Agropecuário.

O próprio IBGE já reconheceu que há erros nos dados sobre concentração de terra no Censo Agropecuário. A CNA chamou a FGV para analisar os dados e checar os níveis das falhas. Consultorias privadas também se reuniram para estudar as informações e pretendem divulgar um documento sobre o assunto. Porém, isso ainda não tem data prevista.

A Consultoria Céleres ficou responsável por estudar as informações sobre o algodão. Cristiano Ramos, o diretor responsável por esta avaliação antecipa que as diferenças entre o Censo e outras pesquisas são grandes.

Ramos alerta que, nas atuais condições, se o Censo servir como referência para investimentos, ele traz riscos para a tomada de decisões dos produtores.

Nesta segunda, dia 16, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil divulgou uma alerta apontando mais diferenças entre o Censo Agropecuário e outras pesquisas do próprio IBGE. Segundo a CNA, o Censo registra em 2006 uma produção de leite 21% menor que a da Pesquisa Pecuária Municipal do mesmo ano. A mesma diferença foi encontrada na produção de soja. Os números devem ser discutidos semana que vem na Comissão de Agricultura do Senado para apontar os responsáveis pelas falhas.

A presidente da Confederação, senadora Kátia Abreu, acredita que pode até ser exigida uma nova contagem do censo.

— Esses dados equivocados trazem um prejuízo enorme não só aos produtores rurais, traz prejuízos enormes à economia nacional porque houve uma redução da produção no país. Esses números estão rodando por todo o mundo, o Censo Agropecuário é motivo de curiosidade por todos os países, por todos aqueles que produzem alimentos — avalia Kátia.

Para o Ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, a produtividade da agricultura familiar mostrada pelo censo incomoda os grandes produtores. Em entrevista por telefone ao Canal Rural, Cassel, que está em Roma, classificou de exagero a afirmação da CNA de que o erro no censo causa um prejuízo enorme e defendeu a pesquisa do IBGE.

— Isso acontece normalmente quando se publica um censo com a dimensão do Censo do IBGE. O Censo do IBGE é muito importante para o Brasil, é um organismo que tem a maior credibilidade, a maior qualidade técnica. O Censo, do ponto de vista técnico-científico, é muito apropriado e os resultados são excelentes. Não vejo porque agora tentar desqualificar o trabalho do IBGE. Isso não é justificável — concluiu o ministro.

BRASIL EM 4º LUGAR NA PRODUÇÃO DE MILHO.


A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apresentou os resultados dessa cultura nas safras 2006/2007, 2007/2008 e 2008/2009 em 16 países e as perspecctivas para 2009/2010, com base em informações próprias e do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

As safras analisadas indicam a liderança isolada dos Estados Unidos, como o grande produtor mundial de milho, sendo que o auge norte-americano foi entre 2007/2008, quando a colheita alcançou 331.177 milhões de toneladas do grão. No mesmo período, a China, que tradicionalmente é o segundo maior produtor de milho, colheu menos da metade, 152.300 milhões de toneladas.

“O que chama a atenção é que o Brasil está se firmando como o quarto maior produtor de milho do mundo” destacou o economista da Conab, Mariano Marques. O estudo mostra essa posição nas safras 2006/2007, 2008/2009 e deve manter esse resultado em 2009/2010, colhendo 51.000 toneladas de milho. Em 2007/2008, o País ocupou o terceiro lugar da lista, com 58.600 toneladas. Em média, o Brasil consome 45 milhões de toneladas e exporta sete milhões por safra. A exceção foi em 2006/2007, com a exportação de quase 11 milhões de toneladas. A previsão é que a produção brasileira se mantenha estável em 2009/2010.

Veja a apresentação da Conab:
http://www.agricultura.gov.br/pls/portal/url/ITEM/78961C7A1AE96778E040A8C075021F25

domingo, 15 de novembro de 2009

INPEV RECEBE PRÊMIO DA REVISTA BRITÂNICA AGROW COMO MELHOR PROGRAMA SUSTENTÁVEL DA CADEIA AGRÍCOLA.

Em cerimônia realizada na quarta-feira, 11 de novembro, em Londres na Inglaterra, o inpEV – instituto que tem entre suas associadas as indústrias fabricantes de defensivos agrícolas – recebeu o prêmio de melhor programa de stewardship em 2009 pelo sistema brasileiro de destinação de embalagens vazias de defensivos agrícolas. O prêmio, concedido pela revista britânica AGROW (http://www.agrow.co.uk/) é um dos principais do agronegócio mundial.

A categoria “Best Stewardship Programme” – que é designada a reconhecer associações, companhias ou indivíduos por se destacarem na gestão sustentável de produtos fitossanitários – reuniu cases de conceituadas organizações como Arysta LifeScience, CropLife Foundation, Dow AgroSciences e Syngenta.

“Este prêmio é o primeiro reconhecimento internacional sobre o trabalho realizado por todos os integrantes da cadeia produtiva agrícola no Brasil: agricultores, canais de distribuição e cooperativas, indústria e poder público comprometidos com a destinação ambientalmente correta de embalagens vazias de defensivos agrícolas pelo desenvolvimento sustentável da agricultura”, comemora João Cesar Rando, diretor-presidente do inpEV.

Segundo a organização do AGROW AWARDS, Stewardship é definido como a maneira de gerir o ciclo de vida de produtos agrícolas e pode envolver uma série de iniciativas como programas de incentivo ao uso correto e seguro dos produtos, programas consistentes de gestão e destinação de embalagens vazias e de produtos obsoletos ou impróprios para uso.

Sobre o inpEV

O inpEV – Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias – é uma entidade sem fins lucrativos que representa a indústria fabricante de defensivos agrícolas em sua responsabilidade de destinar as embalagens vazias de seus produtos de acordo com a Lei Federal nº 9.974/2000 e o Decreto Federal nº 4.074/2002. A lei atribui a cada elo da cadeia produtiva agrícola (agricultores, fabricantes, canais de distribuição e poder público) responsabilidades que possibilitam o funcionamento do Sistema de Destinação de Embalagens Vazias.

O instituto foi fundado em 14 de dezembro de 2001 e entrou em funcionamento em março de 2002. Atualmente, possui 79 empresas e sete entidades de classe do setor agrícola como associadas.

Mais informações sobre o inpEV e o Sistema de Destinação Final de Embalagens Vazias estão disponíveis no site www.inpev.org.br.