quarta-feira, 8 de setembro de 2010

PESQUISADORES CEARENSES ESTÃO EM BUSCA DO LEITE FORTIFICADO.

A ideia é usar cabras transgênicas para obtenção do produto, pois, segundo a pesquisa, esses animais são capazes de produzir, nas glândulas mamárias, duas proteínas humanas: lisozima e lactoferrina. Elas são encontradas no leite materno humano e têm propriedades antibióticas e antimicrobianas.

Para execução do projeto de pesquisa, a Unifor teve sinal verde da Conmissão Técnica Nacional de Biosseguranla (STNBio) para cirar linhagens transgências de bovinos e caprinos, além da permissão do Ministério da Agricultura para a importação de sêmen de caprinos transgênicos da Universidade da California, em Davis/EUA.

A bióloga Luciana Bertolini, que integra a equipe da Unifor, afirma que “importar o sêmen é parte importante da pesquisa”. Segundo ela, as fêmeas de cabras no Brasil servirão como “mães de aluguel” para a produção de clones dos animais americanos, que já possuem transgenia para produção da proteína lisozima. Os pesquisadores querem desenvolver caprinos transgênicos que carreguem o gene de outra proteína, a lactoferrina humana.

Processo científico.
A produção será feita por meio de DNA recombinante - mesma metodologia de fabricação de alguns medicamentos. Na indústria farmacêutica, o DNA recombinante costuma ser inserido em bactérias ou leveduras, que funcionam como biofábricas. "Já proteínas muito complexas, como a lactoferrina, precisam ser produzidas em animais", explica Bertolini.

A Unifor pretende construir o primeiro laboratório de animais transgênicos capazes de produzir as duas proteínas humanas. A ideia é ter um rebanho em dois anos. A universidade usará, no laboratório, parte dos R$ 6 milhões liberados pelo Ministério de Ciência e Tecnologia para as pesquisas, que envolvem outras duas universidades cearenses: a Uece, estadual, e a UFC, federal.

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