terça-feira, 21 de abril de 2009

CAJU, IDENTIDADE TROPICAL QUE EXALA SAÚDE

O nome caju é oriundo da palavra indígena acaiu, que, em tupi, quer dizer "noz que se produz".

O cajueiro é uma planta rústica, típica de regiões de clima tropical. Na amazônia tropical, as árvores apresentam porte bastante elevado; nos estados do Nordeste brasileiro, a principal espécie de ocorrência é o Anacardium occidentale L., cujas árvores apresentam pequeno e médio porte. Nas regiões de cerrado do Brasil Central as espécies nativas podem apresentar porte médio, como o cajueiro-arbóreo-do-cerrado (A. othonianum), porte arbustivo, como o cajueiro-do-campo (A. humile) ou até porte rasteiro (A. nanum e A. corymbosum). As espécies do cerrado produzem pseudofrutos aromáticos conhecidos como cajuí, que possuem sabor muito agradável e tamanho bem menor do que o caju produzido no Nordeste.

O A. occidentale L. é a única espécie do gênero que é cultivada com finalidade comercial. As demais espécies são exploradas apenas por extrativismo.

O pedúnculo de caju é rico em vitamina C, fibras e compostos fenólicos. Além do potencial vitamínico, estes compostos conferem potencial antioxidante à polpa do caju. Esta propriedade biológica está associada à prevenção de doenças crônico-degenerativas, como problemas cardiovasculares, câncer e diabetes. As amêndoas de caju são ricas em proteínas e lipídeos. Na fração oleosa, predominam os ácidos graxos oléico (60,3%) e linoléico (21,5%), que são gorduras insaturadas e apresentam boa estabilidade, o que é uma característica desejável, tanto para a saúde humana quanto para a tecnologia de alimentos. As amêndoas ainda são ricas em vitamina B1, B2, PP ou Niacina, Fósforo e Ferro.

O líquido da casca da castanha de caju (LCC) é muito empregado na indústria química para a produção de polímeros que são utilizados na produção de matérias plásticas, isolantes e vernizes. Este óleo é constituído principalmente por compostos fenólicos, como os ácidos anacárdicos. As propriedades biológicas dos ácidos anacárdicos têm merecido atenção especial nos últimos anos, por se apresentarem como inibidores de enzimas medicinalmente importantes, além de compreenderem propriedades antimicrobianas, anticoagulante e antitumor.

O incentivo ao uso e à exploração sustentada do caju e do cajuí apresenta-se como uma importante solução para a melhoria da qualidade de vida do homem do campo, especialmente nas regiões Nordeste e Centro-Oeste do Brasil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente, dê sua opinião!