O controle integrado do carrapato é a melhor forma de combater a tristeza parasitária porque os rebanhos não podem ficar totalmente livres desses parasitos, uma vez que eles funcionam como uma espécie de vacina natural, ajudando o animal a desenvolver resistência contra a doença. Em número reduzido, o carrapato ajuda na manutenção da circulação dos agentes causais da tristeza parasitária nos rebanhos em níveis tão baixos que os animais não chegam a adoecer, uma vez que estarão com seu sistema imunológico ativo contra a doença.
O gado leiteiro costuma ser mais acometido pela tristeza parasitária do que o gado de corte. “A gente sabe que os bovinos de leite têm uma infestação por carrapatos muito maior do que os bovinos de corte”, explica a pesquisadora da Embrapa Rondônia, Luciana Gatto Brito. “Eles são muito mais susceptíveis à ocorrência da doença, principalmente os animais mais jovens porque ainda estão descobertos pela proteção do sistema imunológico”.
Os produtores devem ficar atentos aos sintomas da tristeza parasitária e, em caso de suspeita de sua ocorrência, procurar um especialista para que seja dado o tratamento adequado, evitando maiores danos ao rebanho e prejuízos à sua produção.
Geralmente a doença surge em forma de surtos, prejudicando todo o rebanho e não um único animal. Pesquisas da Embrapa indicam que a melhor forma de prevenir a tristeza parasitária bovina é realizar o controle integrado do carrapato, onde se utilizam várias estratégias de controle que possibilitam manter os rebanhos com baixos níveis de infestação durante todo o ano, sendo o controle estratégico, uma das mais importantes práticas que deve ser adota nos rebanhos.